Espresso: diagnóstico visual, olfativo e gustativo
O espresso perfeito: O grão é utilizado no máximo após três meses da torra e é moído na hora do preparo. A crema apresenta cor de avelãs, com um toque avermelhado (não marrom muito escuro) e um padrão tigrado. É espessa, cobrindo todo o café e permanecendo durante o consumo de toda a bebida, de forma a reter a temperatura e a sensação de cremosidade do café por mais tempo; Tem consistência densa e cremosa, sem bolhas, nem ‘‘buracos’’; Para testar a consistência use as costas de uma colher e passe-a pela crema, que deve estar elástica e voltar à posição inicial.
O sabor por sua extração rápida e potente, o café espresso costuma ter sabor marcante e intenso, trazendo à tona aromas mais ricos, mais corpo e uma textura mais cremosa. O amargor, caso esteja presente, também é acentuado. O ideal é apreciar ao menos o primeiro gole sem açúcar; algumas bebidas apresentam doçura suficiente, dispensando a necessidade de adoçá-las; Um espresso perfeito, sem açúcar, mostra na boca equilíbrio entre doçura, acidez e corpo, e não contém a adstringência (sensação de boca amarrada), nem retrogosto com sabor químico (lembrando remédio).
A água e os acessórios
É importante que o espresso venha acompanhado de água (com ou sem gás, de acordo com a preferência de quem apreciará a bebida), para limpar o paladar, deixando-o aberto às sensações que o café provocará. Outros acessórios, como açúcar, adoçante, biscoitinhos, chocolate e laranja cristalizada, também compõem um bom serviço de espresso.
É fácil confundir-se na hora de escolher um café. Uma classificação por qualidade interessante para se orientar é a da Abic. Para a Associação Brasileira da Indústria do Café, há os cafés tradicionais, os superiores e os gourmets ou premiums. Os tradicionais mesclam café arábica com robusta (no máximo 30%) e podem ter até 20% de defeitos PVA (pretos, verdes e ardidos).
Os superiores possuem valor agregado alto e apresentam no mínimo 85% de cafés arábicas e no máximo 10% de defeitos PVA. Já os cafés gourmets ou premiuns são os mais raros e excelentes, com características únicas e valor agregado superior. Em sua composição, só pode haver grãos arábicas e não podem apresentar defeitos PVA.
Os cafés chamados de especiais são avaliados por outras associações, que possuem critérios mais específicos. Mas, no geral, apresentam as seguintes características:
- São 100% arábica;
- Têm origem controlada;
- São provenientes de plantações em terrenos com mais de 800 m de altitude;
- Têm sabor marcante e bom equilíbrio entre doçura, amargor e acidez, ganhando notas acima de 80 pontos;
- Apresentam aromas diferenciados, como chocolate, mel, nozes e especiarias;
- Têm no máximo 12 defeitos em 300 g de café;
- Apresentam tamanho de peneira 14 ou acima;
- Têm presença agradável e macia na boca, com boa permanência (cerca de 10 segundos).
Cafés Orgânicos
Basicamente, café orgânico é um café produzido sem a utilização de fertilizantes químicos altamente solúveis (industriais) e tampouco a utilização de agrotóxicos (fungicidas, herbicidas, inseticidas ou outros tipos de produtos químicos). No lugar de fertilizantes químicos se utiliza alternativas como fertilizantes orgânicos, adubos verdes e um bom manejo do solo. Na realidade é onde deve ser concentrado os maiores cuidados pois, como dizia um cafeicultor orgânico: nós devemos cuidar do solo, que ele cuidará da planta.
Cafés Descafeinados
Existem 4 técnicas para a descafeinação, mas nem todas são bem aceitas. A primeira técnica: consiste em mergulhar os grãos em cloreto de metileno, substância capaz de dissolver e extrair a cafeína. O inconveniente é que sempre restam resíduos de cloreto de metileno, nocivos ao organismo, mesmo depois dos grãos serem aquecidos ou varridos com vapor para retirá-lo. Segunda técnica: os grãos são mergulhados em alguns álcoois e éteres, que também são capazes de dissolver a cafeína. Nesse caso, o problema é que esses solventes podem extrair, além da cafeína, outros componentes do café. Na terceira técnica envolvem-se os grãos de café em gás carbônico que está em estado físico chamado supercrítico, o gás fica muito denso, quase líquido, nesse estado ele retira a cafeína com bons resultados, a não ser pelo alto custo. Por isso, a tecnologia preferida é a quarta, que usa partículas do próprio café dissolvidas em água. Essa solução é pobre em cafeína e atrai esse componente dos grãos que se quer descafeinar. Esse processo é chamado de natural.
Sachês e Cápsulas
Café em Sachê ou em cápsula é um café que já vem moído, e na quantidade exata para se fazer um autêntico café expresso. Embalados individualmente, mantidos em ambiente seco e sem contato com o oxigênio, o que lhes garante um prazo de consumo de até um ano sem qualquer perda de qualidade, aroma ou sabor, oferecendo o máximo em qualidade com o mínimo de esforço na hora de tirar o seu café expresso por serem realizados em máquinas de café profissionais que valorizam a eficiência e um bom café expresso.